terça-feira, 29 de março de 2011

Mas quem sou eu?

Existem sentimentos que a gente prefere não sentir, mas por mais que juremos esquecê-los eles permanecem vivos dentro de nós. Pessoas são sempre pessoas. Nunca mudam. São inseguras, mas não querem que o mundo perceba isto. Demonstram uma coisa e sentem outra completamente diferente. Não tem explicação. Nunca vai ter. Olhamos pra dentro de nós e percebemos que falta algo, mas não sabemos o quê. Muitas vezes o nosso maior medo é demonstrar o quanto podemos ser sensíveis, frágeis. Até que chega um momento que já não importa. Não importa se demonstramos exatamente o que estamos sentindo, porque não faz mais diferença. Sufocar os sentimentos não os torna menores. E no final percebemos que nunca soubemos o que sentimos de verdade.
É estranho quando tudo parece perder o sentido. Fingimos ser fortes mas por dentro estamos quebrando em mil pedaços. Escondemos nossos sentimentos por medo de sofrer, mas no fim descobrimos que somos mais fortes do que poderíamos imaginar. E suportamos muita coisa. Tratar as pessoas como algo dispensável parece mais fácil do que se mostrar dependente delas. Sim, chegamos a este ponto. Talvez porque sentir o amor seja mais fácil do que vivê-lo. Demonstrar é mais difícil ainda. Temos medo de fechar os olhos e deixar que os nossos sentimentos nos levem a qualquer lugar, apenas por medo de perder a direção. Muitas vezes não estamos prontos para as incertezas, mas o incerto pode ser a coisa mais concreta e correta que poderíamos ter em mãos. E aquele amontoado de sentimentos nunca nos deixam em paz. Estão sempre ali pra nos lembrar de que somos capazes de sentir. Quando nos perdemos descobrimos que é exatamente lá que deveríamos estar e não há nada que possa mudar isto.

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