quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Haaa

Eu conheço mil caras e juro que não entendo como gosto tanto de você, da sua testa franzida, de uma maneira que deita no colo, das suas mãos inchadas, das suas promessas vazias, do jeito como você fala, dos seus abraços que esbanjam carência, da maneira como você adora discutir comigo,de como você é lindo de mau humor. Eu gosto tanto de você, que passei a gostar mais de mim.Eu me coloco em primeiro lugar para que você consiga me amar de uma maneira inexplicavelmente incrível. Não quero ser mais uma mulher maluquinha que você conhece, dá boas risadas e depois vai embora sem olhar para atrás. Então tira essa camisa e volta pra cama. Vem bagunçar meu cabelo, falar bobagem e me amar sem pressa, como se tivessemos a vida inteira pela frente.
Eu procuro explicação em búzios, tarot, astrologista, terapia, filmes e o diabo a quatro. Porque eu não quero sentir essa saudade do tamanho do mundo toda vez que você me dá um beijo de despedida. Não quero ter que sair correndo pra arrumar meu cabelo bagunçado, porque nós temos agendas apertadas e deveriamos estar em outro lugar. Não quero a luz acesa enquanto falamos segredos ao pé do ouvido. Não quero me apaixonar, cada vez mais,enquanto você não me dá garantia nenhuma de futuro. Não quero ter que aturar seus atrasos só porque minha saudade é sempre enorme. Não quero ignorar minhas necessidades, porque você exige demais de mim. Será que você aguenta o tranco? Será que você aguenta me colocar na garupa e me levar junto com você?

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Sorte?


Cuido para que todos os meus passos sejam mantidos na linha enquanto estou aqui. Sozinha e fria, por dentro e por fora. Me olho no espelho e parece que é, cada vez mais, claro. Eu já consigo ver menos tristeza no meu olhar. Óbvio que às vezes, acordo como uma criança assustada no meio da noite, e novamente, minha visão se torna turva e perdida. Mas é somente questão de momento. Trata-se apenas de ventos inesperados, cheios de lembranças que ainda machucam. E toda vez que alguém insiste em me fazer um carinho mais demorado, eu me isolo num canto qualquer para chorar. Desaprendi a lidar com o compromisso de ser importante para alguém.
Trato romances como um jogo, que você pode descobrir cada estratégia e ponto fraco do adversário. Você pode usar, brincar e deixar que seja responsável por parte de seus pensamentos e felicidade, só não pode viciar. Não pode ter rotina, não pode haver envolvimento maior do que psicológico. O jogo só pode participar da sua vida, de forma, que você esteja sempre pronta pra passar ele pra uma outra pessoa jogar. Evite jogos recém usados, daqueles que nem chegaram a parar em cima do armário. Eles se comportam como jogo da memória: Cada vez que você descobre algo em comum, todas as outras cartas se viram novamente. É um jogo para os pacientes e principalmente, para os que tem sorte.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Vou me enganar mais uma vez, fingindo que te amo às vezes, como se não te amasse sempre.


Sou feita de sensações, de emoções. Se não me desperta nenhuma emoção não vale a pena, desisto. Não entendo o que antes eu fazia aqui, nesse amontoado de sentimentos, procurado algo que não existia. Como pude viver tanto tempo assim? Você não precisa sair da minha vida pra que eu perceba o quanto você já faz parte dela. Ainda tenho tantos sentimentos ocultos, guardados, que sou capaz de perdê-los em cada lugar por onde eu passar. Eles não me cabem nas mãos e acabam escorregando por entre meus dedos. É do tipo de coisa que tende a crescer cada vez mais e não se pode guardar em bolsos, muito menos esquecê-los em um canto qualquer. É do tipo de coisa que nos tira o sono de vez em quando. Tenho medo que eu possa um dia perdê-los ou que sejam encontrados por outro alguém, alguém que não valha tanto a pena. Já não tenho mais onde guardá-los, as vezes me falta um pouco de espaço dentro do peito. Espero que meu coração seja forte o bastante pra isto.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Talvés um recomeço !


Eu poderia dizer que foi fácil tirar você da minha vida e que superei isso facilmente. Sentir meu coração livre e dizer que me sinto feliz sem você. Não sei mais o que sentir. Só queria que isso tudo fosse real. Tudo que eu consigo pensar é no quanto eu me odeio por não conseguir esquecer, deixar isso pra trás ou por seguir caminhos que sempre me levam a você. Nem queira saber. Nem tente entender. Não me venha representar o papel do típico garoto egoísta, porque isto não combina com você. Eu adorava o jeito como você fazia tudo parecer tão fácil e eu amava isso em você porque você era diferente de todos os outros. Eu queria esquecer que tenho um coração, nem que seja por um segundo. Talvez eu consiga.
Me diga você, o que aconteceu pra que os nossos caminhos não se cruzassem mais e pra que as palavras que você um dia me disse se tornassem apenas um eco em minha memória. Como eu queria não conseguir ouví-las, repetidamente e ser forte o bastante pra esquecê-las. Porque tudo mudou de repente? E porque você mudou? Eu não sou tão forte assim. Tenho vivido tantas coisas das quais você não faz mais parte. Cada gota de chuva que toca meu rosto me faz lembrar você. Cada uma delas. Quando você me diz que não tem certeza, isso muda tudo, não muda? Talvez eu nunca tenha te conhecido por completo, apenas uma pequena parte, a parte que eu me permiti enxergar. Tudo que é muito intenso quando acaba leva uma parte de nós. Resta aquele vazio, que ninguém pode preencher. Só o tempo. E sabe, eu nunca consegui ser tão otimista assim.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

I love everything about you that hurts


Eu amo seus beijos, odeio sua desconfiança. Eu amo seu carinho, odeio nossa distância. Eu amo o jeito que você me olha, odeio depender de você. Eu amo os seus cuidados, odeio não ser a única a recebe-los. Eu amo seus abraços aleatórios, odeio quando você me faz chorar. Eu amo quando meu cabelo enrosca na sua barba, odeio quando seu sumiço afeta toda a minha vida, inclusive o meu humor. Eu amo quando você me segura pela mão para eu não cair, quando eu não enxergo onde piso, odeio o fato de você não gostar de planos. Eu amo seus carinhos fora de hora, odeio como esqueço de todas as brigas quando você diz que quer me ver. Eu amo você. I love everything about you that hurts.
Te aceito como um anjo decaído e sem asas que veio para me mostrar que meu amor infindável será. E em um piscar de olhos, onde meu anjo está? Ele criou asas, asas enormes, assim como seu coração. Tem desejo de liberdade e fome de voar. Nem todo meu amor é capaz de prendê-lo ao chão. Quisera eu, conseguir aprisioná-lo como fez comigo, mas sou fraca demais para me manter feliz com tamanho egoísmo. Prefiro que meu anjo seja feliz voando longe de mim do que infeliz ao meu lado. Então, o deixo ir mais uma vez. Assisto sentada e com o coração completamente despedaçado, seu lindo e calmo voô para longe de mim e permaneço assim esperando pacientemente o dia no qual suas asas estarão cansadas demais para voar e seu coração não precisará de nada a não ser de um colo quente e amoroso para repousar.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A última carta !

Certas coisas são tão difíceis de admitir em formas de palavras audíveis que, as vezes, prefiro escrever, mesmo que em grande parte não as leia. Sabe aquela frase: " A vida é uma caixa de surpresas" ? Pois é, eu devia ter acreditado nela mais cedo, bem mais cedo...

Não sei nem por onde começar e nem onde quero, ou vou chegar. Talvez, só esteja tentando explicar através dessas singelas e concretas letras o sentimento mais abstrato que uma pessoa pode ter. E mesmo sendo tão clichê dizer isso, posso afirmar que não existem palavras no mundo que consigam realizar tal tentativa. Eu poderia fazer citações dos mais famosos poetas, até mesmo poderia usar a complexidade incoerente dos mais sábios cientistas. Poderia compor uma música e fazê-la tocar no seu rádio, e ela teria seu nome. Poderia criar frases de efeito e colocá-las em um outdoor em frente a sua casa. Poderia fazer o impossível para mostrar lhe o quão grande e isano é o meu amor, e tenho certeza que conseguiria. Porém, ao contrário de tudo, não irei fazer nada. Não pense que por falta de coragem, isso não me falta, porque para realizar minhas próximas ações estarei tendo o maior ato de bravura e compreensão que qualquer herói pode ter. Mas quem sou eu para falar de heroísmo, não é? Eu que sempre aguardei as atitudes de um "príncipe".

Sempre acreditei que o destino trataria de arrumar as coisas e deixar lado a lado as pessoas que merecem ficar juntas, porém finalmente percebi que essa era a desculpa que eu dava a mim mesma para não encarar a verdade e fazer as coisas que haveriam de ser feitas.

Levei tanto tempo... precisei fazer perguntas cujas respostas eu não queria ouvir, pois eu sabia quais seriam elas. Precisei passar noites em claro e dias sem luz para chegar a minha conclusão. E bom, quando me contou sobre as novidades... eu não pude evitar a dor. Era maior do que um dia eu poderia pensar em sentir e bem acima do que eu podia suportar.

Sinto muito, fraquejei e sucumbi. Não sou e nunca fui tão forte como um dia imaginei e te fiz acreditar. Meu coração a cada segundo desacelera mais e as lágrimas são inevitáveis. Lembra quando eu disse que estaria aqui pra sempre sentada o esperando? É, eu menti. Minhas forças se esgotaram, e no momento só posso contar com a coragem para dizer: Siga em frente sem olhar para trás, porque ambos sabemos que nosso tempo passou e que nem todo amor que houver nessa vida seria capaz de apagar as feridas que ficaram. Seja feliz por mim. E sabe a caixa de surpresas? Eu espero que ela tenha guardado alguma coisa boa pra mim e que, sabe, haja um outro "príncipe" dentro dela. De qualquer forma, eu continuo, aqui, esperando como sempre. Só que dessa vez por um fim menos doloroso ao em vez de seu regresso

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Nunca Basta !

Nunca basta termos experimentado o nosso limite de felicidade, o que faz sangrar, o que dói, sempre atrai mais. Acredito que passamos a vida tentando ceder aos caprichos das pessoas que gostamos e sempre queremos o mesmo final feliz, aqueles de histórias de princesas, sabe? E não adianta negar. Até os mais frios escondem seus desejos românticos nas mangas do paletó. Esquecemos que nascemos completos, que não precisamos da tal metade da laranja e muito menos, que seremos infelizes eternamente se as coisas não saírem da maneira que planejamos. Dessa maneira, o ser humano perde o posto de ser racional. A gente se acostuma com coisa demais para não sofrer e o resultado é contrário do que esperávamos.
Já reparou como é engraçado a comparação que insistimos em fazer em todos os momentos da nossa vida? Antes fosse somente com objetos, roupas e pensamentos. Nós queremos é comparar pessoas. Comparar a importância que cada um teve em nossa vida se tratando de mágoa. Nós gostamos é de falar de dor. Falar de amor é intenso demais, clichê demais. Bom mesmo é falar das noites de sono que foram perdidas enquanto chorávamos e da maneira como amores mal resolvidos sempre provocam sensações engraçadas nos lugares mais obscuros do nosso corpo. Até que não conheceu o amor, sabe o que é sofrer por alguém, por isso, os escritores investem meses, dias e até mesmo anos, batendo nessa mesma tecla. A dor vende e faz sucesso.