quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Limpando


Aiii que saaaudade que eu estava do meu cantinho...


Pois é... vim liberar essas coisas aqui presas no meu peito.
Sabe quando você quer expulsar certas coisas de vc, queria ter esse poder de jogar tudo isso fora. Mas será que vale a pena jogar tantas noites lindas no lixo,beijos,abraços,carinho, entrega... como conseguir coragem.
Acredito que nunca amei tanto assim, por você me virei do avesso, fui do céu e ao inferno. Pra que? Pra nada mesmo e quem disse que estava pedindo algo em troca.
Não consigo deixar esse amor ir embora,não consigo ser de outra pessoa, mas pq?
Céus vc não é o melhor da terra e o cara que eu me apaixonei nem existe mais aí dentro de você.
Mas com tudo, sem abraço seu colo, continua sendo o melhor do mundo e só de estar perto de você ainda me sinto a mais feliz do mundo... Juro !
Eu tenho lutado tanto contra esse amor, mesmo hoje sendo tudo tão diferente ainda sinto esse amor aqui no peito, pulsando,batendo e pedindo por favor não me deixa ir.
Mas já está mais que na hora de ver ele partir,doii tanto saber que você nao é mais meu... e eu continuo sendo tão sua.
Você quer o mundo inteiro, mas e eu só queria você, só você!
Mas enfim, estou tirando você daqui de dentro, estou limpando tudo... nunca doeu tanto fazer uma faxina.
Hoje eu só queria te ligar meia-noite e dizer feliz aniversário e eu ainda amo você !


Mas a faxina já começou...

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Desvandeios

Estou observando há duas horas este espaço em branco, tentando organizar em minha mente alguma frase que faça sentido suficiente para ser escrita. As palavras me fogem, o ar se esvai. O sorriso se cristaliza em uma lágrima invisível e minúscula. Tenho apetite de correr milhões de quilômetros e a estagnação de não conseguir realizar, se quer, um mínimo piscar de olhos. Fico encantada me afogando em oceanos de pensamentos enquanto acredito estar boiando em piscinas cristalinas. Sinto a água tomando seu espaço...entrando em meu nariz, passando pela minhas faringe. Não consigo ter nenhuma reação para expeli-la. Aos poucos vai me sufocando de uma maneira agradável e nem hesito em lutar pela minha vida a entrego completamente a ti, me entrego inteiramente a ti.
É assim desde que nos reencontramos a todo tempo sei qual é o lado certo, e até mesmo sei o errado, mas tudo se tona tão atrativo quando estais por perto que eu seria capaz de fazer a coisa errada achando ser a certa. Magicamente consegues transformar toda a sensatez e realidade nos mais fantásticos contos de fada e me arrastas sem nenhum esforço e com toda delicadeza que faz sentir como se participasse de uma eterna valsa, a qual eu jamais sonhei poder dançar.
E quando encerro este devaneio percebo, novamente, que estou apenas encarando um espaço antes em branco enquanto aguardo ansiosamente o dia de outro encontro no qual eu não saberei distinguir se estou viva, ou se estou desfrutando das maravilhas do paraíso.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Ter controle



Eu cheguei muito perto, perto demais de desistir e isso não seria novidade pra mim. Perdi o controle sobre o que sentia, mas não conseguia aceitar isto. Cada passo que eu dava era medido milimetricamente, era analisado detalhadamente e não havia nada que pudesse mudar isto. Me enganei. Nem sempre o que planejamos é o melhor pra nós. Eu percebi que sair dos planos as vezes pode ser melhor do que seguir sempre em linha reta. O que nos espera no final do caminho pode ser até melhor do que o que a gente esperava encontrar. Nem mil desculpas seriam capazes de impedir o óbvio. Eu não posso prometer a mim mesma ter controle sobre tudo, sempre. Todo esse sentimento era projetado em minhas pálpebras cada vez que eu fechava os olhos involuntariamente. A intensidade do que eu sentia me fazia ter medo. Me fazia tentar fugir, ir pra um lugar onde eu pudesse ter o controle sobre mim novamente. Mas não era tão fácil assim. Tanto sentimento já não cabe mais em mim.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Me encontrando...


Eu já caí, de tanto olhar pro céu. O que me protegeu de espalhar minha cabeça pelo meio-fio da calçada foi o fato de eu sempre andar no meio da rua. Os carros que vêm na minha direção não passam de velozes e barulhentos fantasmas que meus inimigos vivem inventando para me testar. Eles conhecem meus medos melhor do que eu.
Eu já me perdi, de tanto olhar pros lados. O que me fez chegar onde estou foi a companhia desejada das pessoas que me são mais importantes, jamais permitindo que eu entalhasse na areia pegadas solitárias. Encontrei caminho e refúgio nas esquinas que a multidão esqueceu de ver, enquanto tentava trazer o horizonte pra mais perto. O tempo passa sozinho, e não há nada que possamos fazer para assumir seu controle.
Eu já petrifiquei minhas pernas, de tanto viver o passado. Minhas amarras foram soltas pelo súbito empurrão que você me deu. Me dóem os pés, dor essa que ignoro toda vez que minhas solas encontram novo chão. Os fantasmas, de repente, somem, e a estrada dos meus dias se desenrola em minha frente como um tapete vermelho. Basta que haja equilíbrio. E esse equilíbrio não se dá de olhos fechados, muito menos se olhando por onde anda.
Enxergo o auge da minha vida como o equilíbrio na agulha. Qualquer passo descuidado trará o chão para um brusco encontro com a minha face distraída. Não sei o meu próximo passo, mas vivo meus dias e noites em função de fazer com que os meus pés toquem sempre o caminho que eu construí.
A gente faz o nosso caminho, e é normal que ele seja estreito e sinuoso. Ninguém consegue andar em linha reta por muito tempo
E é quando esvazio meus pulmões que teu nome vem à minha cabeça. Mas seria muito fácil desviar meu corpo dessas poucas letras. Difícil é, a cada minuto, esbarrar em memórias, tropeçar em fotos e até, ás vezes, prender-me às histórias, por livre e espontânea vontade. Abrir os braços e alçar vôo é muito mais doloroso quando eles ainda estão unidos por algemas. Descobri-me assim em pleno vôo livre rumo ao chão, quando meu relógio já marcava "tarde demais". E é quando eu encho novamente meus pulmões que eu percebo que teu nome permanece escrito em mim. É só fechar meus olhos e te ver escrita em minhas pálpebras

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A procura...




Ando à procura de algo cujo nome ainda não descobri. De início acreditei que fosse carinho, então procurei em vários sorrisos, lábios, abraços, braços e laços. Nada pareceu funcionar como eu esperava, ainda sentia o vazio ecoando dentro de mim.
Noites com as pálpebras grudadas a sobrancelha, debulhada em pensamentos duvidosos. Percebi, por fim, que necessitava de uma vida badalada como as de filmes, onde o telefone não pára de tocar e não têm-se tempo nem para respirar. E assim fiz. Investi em amizades não duradouras, amigos de copo, mesa, banco, bar e festa. Por alguns momentos, confesso, que pude ver pirilampos pelo ar, fadas a bailar. Porém toda noite tem seu fim e quando tornava a amanhecer, eu sabia, que os meus lençóis não estariam mais quentes como na noite anterior. E uma manhã, sempre, seria mais gélida que a outra. Não era o que eu procurava, eu queria mais! Queria uma felicidade impossível de ser descrita, queria beijos que me levassem as nuvens e abraços que me trouxessem de volta sã e salva ao chão. Busquei em cada esquina, revirei em cada gaveta, desdobrei e passei cada roupa que havia sido amarrotada, em cada pedaço do meu ser, usei de tudo que todos tinham a me oferecer e, ainda sim, sentia como se faltasse uma parte de mim. Parte de mim, essa, que parecia ter sido emprestada à alguém para que pudesse colocar-lhe um belo sorriso nos lábios e que, jamais, fora devolvida a dona que vos fala.
Desde então levanto-me todos os dias com nada no estômago, olhos inchados de lágrimas que não caem, fome de sentimentos que não têm nome e ouvidos que reclamam da altura do silêncio. Ponho-me frente ao espelho e tento dia após dia convencer-me que a pessoa a qual o rosto encaro é a única que pode modificar o pesadelo no qual me coloquei. Mas por Deus! Quem estou a enganar? eu sei exatamente onde está a parte de mim que tenho procurado, mas não sei se conseguiria voltar para contar a história sem gravíssimas seqüelas. Pois sei que para reencontrar parte de mim preciso estar com ele e a parte que ainda me resta tem extinto de preservação e não quer atirar-se em um poço sem fundo como em diversas vezes anteriores foi feito, por isso me escondo em baixo de falsos sorrisos e máscaras de maquiagem feitas cautelosamente para que nada possa desmontá-la.
Entretanto, todas as vezes que recosto a cabeça em meu travesseiro, ou sobre o ombro de algum mero substituto, é nele que eu penso. E desejo do fundo da minha alma que se um dia olhar para trás e sentir falta de uma parte que não consiga encontrar nas esquinas, nos bares e festas, assim como eu faço agora, que pense em mim. E perceba que a parte a qual havia feito-lhe falta durante toda a busca, o detalhe que passou desapercebido como um pequeno piscar de olhos, era eu.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

...

Eu me apaixono pela maneira como a minha imaginação ostenta meus sentimentos. Minhas dores duram três dias, minhas lágrimas caem por três horas. E logo depois, meu lado emocional passa horas se gabando pro meu lado racional. (...) Esqueço rapidamente da angústia, da espera e dos olhos fechados. Morreria para ganhar de novo aquele beijo no olho, aquele abraço que me deixou com o cheiro dele, pra ter aquela mão entrelaçada na minha. Não é todo dia que encontramos alguém que desacelera nossa impaciência, aumenta nossa frequência cardíaca e embaralha nossos instintos de sobrevivência. E eu morro de medo de você me perder e não saber nem metade do carinho que eu guardo aqui dentro. Tenho vontade de te sacudir, mandar você deixar de ser burro dessa maneira e olhar pra mim de novo. Mas não, me preservo, me machuco.. na esperança do meu celular tocar e sua voz acalmar toda a agonia que me cerca quando você está longe.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Coração, porque você não me obedece?





As vezes a gente só tem vontade de fugir de tudo. Correr pra um lugar distante onde ninguém possa nos ferir. Eu já me quebrei em tantos pedaços que nunca mais conseguir juntá-los. Hoje em dia me pego gostando ainda menos de certos sentimentos. Sempre acabamos perdendo tudo mesmo. O passado de vez em quando retorna às nossas mentes pra nos lembrar que nem tudo é como a gente espera que seja. Existem momentos em que deixamos de sentir. Outras vezes tudo o que a gente queria era sentir algo, mesmo que aquele sentimento não existisse de verdade. Nunca sabemos realmente o que esperar de alguém, e isto não impede que esta pessoa transforme nossa vida de forma significante. Eu não sabia o que deveria esperar, mas continuava esperando. O amor é isto.

terça-feira, 29 de março de 2011

Mas quem sou eu?

Existem sentimentos que a gente prefere não sentir, mas por mais que juremos esquecê-los eles permanecem vivos dentro de nós. Pessoas são sempre pessoas. Nunca mudam. São inseguras, mas não querem que o mundo perceba isto. Demonstram uma coisa e sentem outra completamente diferente. Não tem explicação. Nunca vai ter. Olhamos pra dentro de nós e percebemos que falta algo, mas não sabemos o quê. Muitas vezes o nosso maior medo é demonstrar o quanto podemos ser sensíveis, frágeis. Até que chega um momento que já não importa. Não importa se demonstramos exatamente o que estamos sentindo, porque não faz mais diferença. Sufocar os sentimentos não os torna menores. E no final percebemos que nunca soubemos o que sentimos de verdade.
É estranho quando tudo parece perder o sentido. Fingimos ser fortes mas por dentro estamos quebrando em mil pedaços. Escondemos nossos sentimentos por medo de sofrer, mas no fim descobrimos que somos mais fortes do que poderíamos imaginar. E suportamos muita coisa. Tratar as pessoas como algo dispensável parece mais fácil do que se mostrar dependente delas. Sim, chegamos a este ponto. Talvez porque sentir o amor seja mais fácil do que vivê-lo. Demonstrar é mais difícil ainda. Temos medo de fechar os olhos e deixar que os nossos sentimentos nos levem a qualquer lugar, apenas por medo de perder a direção. Muitas vezes não estamos prontos para as incertezas, mas o incerto pode ser a coisa mais concreta e correta que poderíamos ter em mãos. E aquele amontoado de sentimentos nunca nos deixam em paz. Estão sempre ali pra nos lembrar de que somos capazes de sentir. Quando nos perdemos descobrimos que é exatamente lá que deveríamos estar e não há nada que possa mudar isto.

terça-feira, 22 de março de 2011

Ainda dooi

Lá estou eu em mais uma mesa com risos pela metade. Olho pro lado e sinto uma saudade imensa, doída, desesperançada e até cínica. Saudade de alguma coisa ou de alguém, não sei. Talvez de mim, de algum amor verdadeiro que durou um segundo... Meus amigos me adoram. Mas será que eles sabem que se eu estou morrendo de rir agora, mas daqui a pouco vou morrer de chorar? E isso 24 horas. E eu, mais uma vez, olho para o lado morrendo de saudade dessa coisa que eu não sei o que é. Dessa coisa que talvez seja amor. Odeio todos os amores baratos, curtos e não amores que eu inventei só para pular uma semana sem dor. A cada semana sem dor que eu pulo, pareço acumular uma vida de dor. Preciso parar, preciso esperar. Mas a solidão dói e eu sigo inventando personagens. Odeio minha fraqueza em me enganar. Eu invento amor, sim e dói admitir isso. Mas é que não aguento mais não dar um rosto para a minha saudade. É tudo pela metade, ao menos a minha fantasia é por inteiro.. enquanto dura. No final bruto, seco e silencioso é sempre isso mesmo, eu aqui meio querendo chorar, meio querendo mentir sobre a vida até acreditar. E aí eu deito e penso em coisas bonitinhas. E quando vou ver, já dormi.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Aqueles sabe

Eu gosto de detalhes e tenho péssima memória. Como conciliar? Eu escrevo pra lembrar. Escrevo pra não esquecer as vezes que mais me machucaram e melhor me amaram. Não quero perder nenhum detalhe na hora de contar minha história pra alguém. Quero que as pessoas consigam chegar perto de imaginar tudo que eu senti com os homens que mais marcaram na minha vida. Não basta viver um grande amor, o apaixonado sempre tem vontade de dizer o nome do sortudo pelos quatro cantos. Já tive vontade de dançar com uma mensagem de boa noite, já chorei quando a pessoa certa lembrou de mim em uma tarde chuvosa e vazia, já me libertei de medos que eu achei que fosse levar a vida inteira porque alguém soube me amar quando eu mais precisava.

Eu quero lembrar por um bom tempo de como ele passava a mão de leve nas minhas costas enquanto o silêncio parecia ser uma das melhores conversas que tive na vida. E como se aquela tarde não passasse de uma rotina criada pela minha imaginação. Ele olha nos meus olhos, mas fica inibido quando olho também. Não posso nem devo esquecer de todo o cuidado que ele teve comigo. Eu não sou o amor da vida dele, sequer precisamos um do outro pra ser feliz, mas ele me deu a mão e só pediu confiança, disse que todo o resto ficaria na responsabilidade dele. Ele não esta incluido nos meus grandes amores, aliás... ele não está incluido em lugar algum e essa situação me perturba tanto que eu deixo ele participar desse texto. Tenho medo, muito medo, mas o que é a vida se não for cheia de riscos?

Com o outro era diferente. O "outro"... eu não deveria chamar um grande amor assim, mas como continuar a vida se o nome dele me perturba? Então, me limito. Eu gosto de não me deixar esquecer do momento em que ele beijou meus olhos e aquilo valeu mais do que qualquer pedido de namoro. Naquele segundo, eu tive certeza de que não adiantava lutar contra o maior canalha de todos os tempos, porque ele sabia usar os melhores truques. Eu queria que ele soubesse que me surpreendeu muitas vezes, mas poucas foram as que eu gostei. Eu esperei você no meu aniversário, enquanto estava rodeada de gente, mas ninguém me bastava. Eu esperei você naquela noite em que coloquei meu melhor vestido só pra você me exibir de um lado pro outro. Eu esperei você na minha casa, todas as tardes, imaginando o que ia dizer, que cara ia fazer e o quanto eu poderia te amar mais ainda.

Eu gosto de detalhes, amor platônico, amor correspondido, ligação no meio da noite, mensagem no meio do dia, palavra de conforto em um momento dificil. Eu gosto de simplicidade, carinhos, pés entrelaçados, mãos tímidas, olhares nervosos. Não gosto de joguinho, medo e de tudo mais que as pessoas impõe pra viver em um eterno filme americano, esperando que a vida ganhe mais emoção. Eu faço o que quero ontem, hoje, amanhã e só me dou o direito de arrependimento por alguns momentos, porque logo depois, descubro tudo de bom que eu aprendi. As pessoas me ganham nos detalhes, quando nem desconfiam que já me tem nas mãos.

terça-feira, 1 de março de 2011

Pois é

Eu, que sempre quis desfilar com a minha alegria para provar ao mundo que eu era feliz, só quero me esconder de tudo ao seu lado.
Eu limpei minhas mensagens, eu deletei meus emails, eu matei meus recados, eu estrangulei minhas esperas, eu arregacei as minhas mangas e deixei morrer quem estava embaixo delas. Eu risquei de vez as opções do meu caderninho, eu espremi a água escura do meu coração e ele se inchou de ar limpo, como uma esponja.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

(...)

Eu poderia dizer que foi fácil tirar você da minha vida e que superei isso facilmente. Sentir meu coração livre e dizer que me sinto feliz sem você. Não sei mais o que sentir. Só queria que isso tudo fosse real. Tudo que eu consigo pensar é no quanto eu me odeio por não conseguir esquecer, deixar isso pra trás ou por seguir caminhos que sempre me levam a você. Nem queira saber. Nem tente entender. Não me venha representar o papel do típico garoto egoísta, porque isto não combina com você. Eu adorava o jeito como você fazia tudo parecer tão fácil e eu amava isso em você porque você era diferente de todos os outros. Eu queria esquecer que tenho um coração, nem que seja por um segundo. Talvez eu consiga.
Me diga você, o que aconteceu pra que os nossos caminhos não se cruzassem mais e pra que as palavras que você um dia me disse se tornassem apenas um eco em minha memória. Como eu queria não conseguir ouví-las, repetidamente e ser forte o bastante pra esquecê-las. Porque tudo mudou de repente? E porque você mudou? Eu não sou tão forte assim. Tenho vivido tantas coisas das quais você não faz mais parte. Cada gota de chuva que toca meu rosto me faz lembrar você. Cada uma delas. Quando você me diz que não tem certeza, isso muda tudo, não muda? Talvez eu nunca tenha te conhecido por completo, apenas uma pequena parte, a parte que eu me permiti enxergar. Tudo que é muito intenso quando acaba leva uma parte de nós. Resta aquele vazio, que ninguém pode preencher. Só o tempo. E sabe, eu nunca consegui ser tão otimista assim.
Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.

O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo , o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Príncipe?

E chega! Há anos peço o príncipe e só me mandam o cavalo.
Dizem que materializar os sonhos escrevendo ajuda, então lá vai: quero transar com beijo na boca profundo, olhos nos olhos, eu te amo e muita sacanagem, quero cineminha com encosto de ombro cheiroso, casar de branco, ser carregada no colo, filhos, casinha no campo com cerquinha branca, cachorro e caseiro bacana. Quero ouvir Chet Baker numa noite chuvosa e ter de um lado um livrinho na cabeceira da cama e do outro o homem que amo.
Que a gente brigue de ciúmes, porque ciúmes faz parte da paixão, e que faça as pazes rapidamente, porque paz faz parte
do amor. Quero ser lembrada em horários malucos, todos os horários, pra sempre. Quero ser criança, mulher, homem, et, megera, maluca e, ainda assim, olhada com total reconhecimento de território. Quero sexo na escada e alguns hematomas e depois descanso numa cama nossa e pura.
E quando eu tiver tudo isso e uma menina boba e invejosa me olhar e pensar que "aquela instituição feliz não passa de uma união solitária de aparências" vou ter pena desse coração solitário que ainda não encontrou o verdadeiro amor."

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Até quando dura uma dor?


Hoje doeu mais do que ontem, mais do que mês passado. E aí, eu vejo que de nada adianta ficar corroendo todos os órgãos do meu corpo com qualquer ácido barato, se a pergunta certa não é até quando dura um amor. Então eu me pergunto: Até quando dura uma dor? Com a esperança de encontrar qualquer teoria boba e sem nexo, só para me servir de apoio, para que eu, finalmente, consiga mudar o disco e a minha vida.
De nada adianta eu ficar gritando ao quatro cantos que o amor é importante e bla bla bla.
Eu gostaria que o mundo decidisse por si só. O amor é importante, porra
Eu ja tinha percebido que as coisas estavam mudando. Preesenti. Hoje eu acordei com essas lembranças na cabeça e nem sabia que elas ainda existiam dentro de mim. Talvez eu só esteja cansada de tentar criar uma história diferente das que eu já conheci. Talvez esta seja eu tentando me encontrar no meio desses sentimentos.
E no meio de tanta confusão, eu só quero cuidar de mim. Quero pode mexer em caixas velhas com lembranças que não vão me machucar mais, ou até vão, mas eu quero fazer isso sozinha. Quero não precisar mostrar todas as minhas qualidades e defeitos de novo, e depois, agir como se esperasse o fim antes mesmo do começo. Não quero ajuda, não quero consolo, não quero mais ninguém. Eu só quero ser dona dos meus próprios passos e dar satisfações apenas pro meu destino. Em um mundo onde o amor é descrito com temores e dor, só resta a esperança.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

oooin

Eu tenho um milhão de motivos pra fugir de pensar em você, mas em todos esses lugares você vai comigo. Você segura na minha mão na hora de atravessar a rua, você me olha triste quando eu olho para o celular pela milésima vez, você sente orgulho de mim quando eu solto uma gargalhada e você vira o rosto se algum homem vem falar comigo. Você prefere não ver, mas eu vejo você o tempo todo.
Por mais que todas as terapias do mundo, todas as auto-ajudas do universo e todos os amigos experientes do planeta me digam que preciso definitivamente não precisar de você, minha alma grita aqui dentro que, por mais feliz que eu seja, a festa é sempre pela metade.
É você quem eu sempre busco com minha gargalhada alta, com a minha perdição humana em festejar porque é preciso festejar, com a minha solidão cansada de se enganar.!"

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

(...)


Olha, meu coração é grande, mas adestrei ele por bons anos. Ensinei a paixão e a dor, mostrei que ele tinha que ter mania de caráter e mãos dadas e por último (mas não menos importante), fiz com que ele entendesse que todo sentimento ruim que o outro pudesse lhe causar, tinha que vir junto com um cronometro. Ele me olhou confuso e permaneceu em silêncio (E olha que isso é raro, heim? Ele gosta mesmo é de sair pulsando feito escola de samba por aí), como se esperasse um complemento para as minhas frases soltas, mas eu não disse nada. Eu queria coloca-lo no meu colo, queria que me prometesse que ia ser bonzinho, sabe? Mas eu não podia.

Houve um tempo, que me achava expert no amor. Eu não tinha nada de especial, pelo menos, eu não via. E mesmo assim, sempre existia um ou dois garotos atrás de mim. Nunca pisei neles, evitava ao máximo, qualquer atitude que pudesse machuca-los. Eu sempre estive lá, dando a mão para que eles se levantassem do chão, esperando que todo o sentimento que existia dentro deles, pudesse se converter em uma coisa bem bonita, quem sabe até uma grande amizade. E foi, nesse momento, que descobri como o mundo é cheio de pessoas cruéis e egocêntricas. Bobagem achar que isso muda um dia. Eu entrava em uma briga, que não era necessária, só para salvar seus corações e, no fim, quem saia partida era eu.

Outro dia, li e refleti com Clarice Lispector dizendo: "Porque eu só por ter tido carinho, pensei que amar era fácil". Descobri que não sei nada sobre o amor e quanto mais o tempo passa, minha certeza aumenta. Como eu ia dizer tudo isso pro coração, sem que ele sangrasse? Minha vontade era de mandar ele voltar pro quarto, mantendo todas as janelas e portas bem fechadas. Eu só queria proteger ele do mundo e da dor que iriam que causar. Eu queria confortá-lo com palavras bonitas, deixando claro, que o mundo nem é tão preto e branco como parece. E não é que o danado me surpreendeu? Veio cambaleando até mim e me deu um beijo na testa. Rapidamente a adrenalina correu por todo o meu corpo e ele disse: "Fica bem. Por mais destroçado e quebrado que esteja, um coração nunca para de bater. A vida se encarrega de apresentar as dores e o dia de amanhã, de superá-las.". Dormi tranquila.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A Bela e o Burro

Depois que você foi embora confesso que fiquei triste como sempre.
Mas, pela primeira vez, triste por você. Fico me perguntando que outra mulher ouviria os maiores absurdos como você, ainda assim, não deixar de olhar pra você e ver um homem maravilhoso.
Que outra mulher te veria além da sua casca?
É tanta comida estragada, plastificada e sem sal, que você está perdendo o paladar para mulheres como eu. E você não sabe como vale a pena gostar de alguém e acordar com ela.
Você não sabe como isso é infinitamente melhor do que acordar com essa ressaca de coisas erradas e vazias. Ou sozinho e desesperado pra que algum amigo reafirme que o seu dia valerá a pena. Ou com alguma garotinha boba que vai namorar sua casca. A casca que você também odeia e usa justamente para testar as pessoas “quem gostar de mim não serve pra mim”.
E eu tenho vontade de segurar seu rosto e ordenar que você seja esperto e jamais me perca e seja feliz. E entenda que temos tudo o que duas pessoas precisam para ser feliz. A gente dá muitas risadas juntos.A gente se reconheceu de longa data quando se viu pela primeira vez na vida.
E você me olha com essa carinha banal de “me espera só mais um pouquinho”. Querendo me congelar enquanto você confere pela centésima vez se não tem mesmo nenhuma mulher melhor do que eu. E sempre volta.
Volta porque pode até ter uma coxa mais dura. Pode até ter uma conta bancária mais recheada. Pode até ter alguma descolada que te deixe instigado. Mas não tem nenhuma melhor do que eu. Não tem.
Porque, quando você está com medo da vida, é na minha mania de rir de tudo que você encontra forças. E, quando você está rindo de tudo, é na minha neurose que encontra um pouco de chão. E, quando precisa se sentir especial e amado, é pra mim que você liga. E, quando pensa em alguém em algum momento de solidão, seja para chorar ou para ter algum pensamento mais safado, é em mim que você pensa. Eu sei de tudo. E eu passei os últimos meses escrevendo sobre como você era especial e como eu te amava e isso e aquilo. Mas chega disso.

Caiu finalmente a minha ficha do quanto você é, tão e somente, um cara burro. E do quanto você jamais vai encontrar uma mulher que nem eu nesses lugares deprê em que procura. E do quanto a sua felicidade sem mim deve ser pouca pra você viver reafirmando o quanto é feliz sem mim e principalmente viver reafirmando isso pra mim. Sabe o quê? Eu vou para a cama todo dia com saudade imensa de você. Ao invés de estar por aí caçando qualquer mala na rua pra te esquecer ou para me esquecer. Porque eu me banco sozinha e eu me banco com um coração. E não me sinto fraca ou boba ou perdendo meu tempo por causa disso. E eu malho todo dia igual a essas suas amiguinhas de quem você tanto gosta, mas tenho algo que certamente você não encontra nelas: assunto.
Bastante assunto.

Eu tenho pena das mulheres que correm o tempo todo atrás de se tornarem a melhor fruta de uma feira. Pra depois serem apalpadas e terem seus bagaços cuspidos.
Também sou convidada para essas festinhas com gente “wanna be” que você adora. Mas eu já sou alguém e não preciso mais querer ser. E eu, finalmente, deixei de ter pena de mim por estar sem você e passei a ter pena de você por estar sem mim. Coitado.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Final

Afinal tudo aconteceu como eu previa, só não podia acreditar. Aquela mesma história triste se repetiu. Bastou que eu fechasse os olhos por um único instante pra ver você partir assim tão fácil, da mesma forma como apareceu. Foi só eu soltar tuas mãos por um segundo pra ter que te ver caminhando em outra direção. Naquele dia eu ia te dizer como você era perfeito, mas não havia mais tempo. Não, eu não estou triste, eu sei que você também me quis, talvez não com tanta intensidade, mas quis. Eu queria te falar como as coisas passaram a ser tão claras depois que você surgiu, mas você não pôde me ouvir. Não se preocupe, todas as palavras que eu decorei pra te dizer naquele dia concerteza serão esquecidas e eu não estou falando de amnésia. Só vão restar as cicatrizes, estas nunca somem. Você não terá mais que ouvir minhas palavras, no final não vai restar mais nada

domingo, 16 de janeiro de 2011

A pior parte de sair de um romance, é saber que você jamais vai se abrir tanto novamente

O que eu faço e o que eu sou. São pessoas diferentes que, aos olhos de muitos, são absolutamente iguais. No entanto, tamanha semelhança não justifica tanta confusão. Caixas cheias, contendo toneladas de decepções são empilhadas a cada vez que o que eu faço entra em conflito com o que eu sou. E não há como juntar as pessoas em uma. São almas feitas para serem somadas, não subtraídas. Se houvesse algum jeito de fazê-lo, os verbos ser e fazer seriam um só, com o mesmo significado. Portanto, não confunda. Não confunda.
Olhando aquelas fotos antigas eu me senti feliz outra vez, como nunca mais havia me sentido. Sentimento estranho esse que me faz sentir assim. Acha exagero? Besteira. Eu fui feliz. Você foi a minha felicidade durante muito tempo, mas no fundo eu sempre precisei de alguém. Alguém que nunca esteve do meu lado da forma que eu necessitava. Percebe como as coisas são complicadas? Quando a gente sente que não existe mais nada a ser perdido percebemos que a vida pode ser bastante injusta, na maioria das vezes. Como um sentimento pode ser capaz de me tirar com tanta facilidade o chão? Sinto que alguma coisa está fora do lugar. Não me enxergo mais sozinha. Tudo o que eu tenho são alguns sentimentos que estão guardados pra que um dia eu possa entregá-los a você. Nada mais.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Aprenda !

As vezes você aprende, e acaba esquecendo, que todos vão te fazer chorar, mais cabe a você decidir por quem realmente vale apena sofrer, a vida te prega peças, é claro que sim, porque quanto mais alta a altura da sua felicidade, mais dolorido será o tombo, e você vai chorar, vai sofrer, vai esquecer, mas com o tempo vai acaba fazendo tudo de novo, porque a vida é assim, por mais que você saiba que é errado, que o fim será triste, você prefere viver feliz, um, dois meses, ou até anos, do que ficar esse tempo todo se arrependendo de tudo que não fez por medo de sofrer!
Você aprende que as pessoas que menos se importão com a sua existência, serão aquelas que quando você cair, vão te ajudar. Portanto, não se importe com o que pode acontecer, viva o hoje como se não existisse um amanhã, e não ligue para o que os outros pensam, porque isso é problema deles!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ainda a sua espera


Viver com intensidade sempre foi meu lema, nunca me importei com o tamanho da queda e sim com o tempo que demoraria a chegar ao solo. Esse tempo, de fato, sempre foi mais proveitoso pra mim já que, de alguma maneira, eu sabia que o chão era a única certeza das minhas aventuras. Porém, sempre chega o tempo em que se atirar de cabeça em precipícios sentimentais se torna cansativo e mais doloroso do que de costume.
E esta é a hora mais temida, o coração não se satisfaz mais com paixões passageiras, borboletas momentâneas na barriga, pequenas acelerações cardíacas, amores noturnos e manhãs solitárias. Meu coração pede mais que pequenos sentimentos, necessita de arrepios na pele só por ouvir teu nome, faltas de ar após cada frase sua, lágrimas de emoção por saber que sou correspondida ou até mesmo de tristeza por perceber que não sou.
Tudo que eu preciso é poder sentir, novamente, que estou viva. Já não me basta mais sentir o vento soprar o meu rosto enquanto imagino que seja seu toque, não é mais suficiente ter, somente, a solidão como companhia. Todas as partes em que vou tem um pedaço de ti. Às vezes chego a pensar que o pedaço que encontro nos lugares, na verdade, está em mim e que, talvez, por isso eu jamais tenha conseguido te esquecer como havia lhe prometido.
Sem ti, tenho vivido de memórias, fotografias, músicas tudo que me lembre que um dia eu já me senti completa ao invés de despedaçada. Ocupo meus dias planejando algum jeito de te fazer voltar, mas tudo parece - me em vão. Se eu dissesse que desde que você saiu porta afora não acredito mais em luz ao fim do túnel eu estaria fazendo um eufemismo, de forma que o meu túnel deveria ser chamado de caverna pois está fechado, não há saída do outro lado.
Espero que esta jornada por esta caverna com algumas velas que não duram mais que uma noite e que iluminam menos da metade da escuridão que aqui habita não esteja sendo uma perda de tempo para quem vos é dedicada esta carta. Tenho esperança que os caminhos que tenhas percorrido sejam mais iluminados e mais calorosos que os meus e que esses mesmos caminhos um dia tragam - lhe de volta ao lugar que eu desejava que você nunca tivesse saído. E nós sabemos que eu estarei aqui, ainda a sua espera.